José Maria Ricciardi e Morais Pires chegaram a ser suspeitos no processo investigado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, mas no fim do inquérito os pesos pesados do BES não enfrentaram qualquer acusação. Só três nomes praticamente desconhecidos do público acabaram acusados: António Soares, Pedro Serra e Nuno Escudeiro.
Em causa estão operações de compra e venda de 15,5 milhões de acções da EDP entre o BES, BES Vida e o Credit Suisse em Janeiro de 2008. E que no final, segundo a acusação do DIAP de Lisboa, terão gerado uma mais-valia de 5,9 milhões de euros para o BES.
No despacho de encerramento de inquérito, o DIAP de Lisboa fez questão de frisar que não acreditava que os técnicos do Departamento Financeiro de Mercados e Estudos do BES (DFME) teriam agido sozinhos. Mas não encontrou indícios que comprovassem “a intervenção” de José Maria Ricciardi ou de Amílcar Morais Pires “nos actos de decisão”.
Ricardo Salgado, obrigado a ficar em casa vigiado por agentes da PSP devido a suspeitas de crimes no âmbito dos processos do universo Espírito Santo, foi uma das testemunhas ouvidas durante o inquérito.