"Os salafistas procuram abordar os jovens refugiados não acompanhados, que chegam ao nosso país sem família e que procuram apoio", explicou na quinta-feira um porta-voz dos serviços de informações da Baviera (sul) à DPA.
De acordo com esta fonte, as tentativas de contacto acontecem principalmente nas imediações dos centros de acolhimento, mas também, de forma mais isolada, perto da estação ferroviária de Munique, à qual chegaram milhares de refugiados nos últimos dias.
"Os fundamentalistas querem usar a precariedade e o desespero dos refugiados para os desviar para os seus próprios fins", acrescentou.
Na terça-feira, os serviços de informações da Renânia do Norte-Vestfália afirmaram que também nesta região os fundamentalistas entram em contacto com os requerentes de asilo através de alegadas organizações de solidariedade.
"Vamos informar e sensibilizar os funcionários das estruturas de acolhimento sobre este contexto e os métodos usados nestas tentativas de aproximação", anunciou o porta-voz, também citado pela DPA.
Ao abrigo dos sistemas de quotas em vigor na Alemanha, a Renânia do Norte-Vestfália e a Baviera são as duas primeiras regiões de acolhimento dos refugiados, com 21% e 15%, respetivamente, dos recém-chegados.
A Alemanha prevê receber 800 mil pedidos de asilo este ano, ou seja, quatro vezes mais do que no ano anterior. Os sírios, que fogem do país devastado pela guerra, formam o primeiro grupo de candidatos ao estatuto de refugiado.
Lusa/SOL