Macedo foi constituído arguido por três crimes de prevaricação de titular de cargo político e de um crime de tráfico de influências – quase um ano depois do início da investigação – e está agora com Termo de Identidade e Residência.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirma que “o Ministério Público concluiu o interrogatório”, confirmando: “O arguido, que ficou sujeito à medida de coação de termo de identidade e residência, está indiciado por factos suscetíveis de integrarem os crimes de prevaricação e de tráfico de influência.”
À saída da diligência, o advogado de Miguel Macedo, Castanheira Neves, revelou que o seu cliente tinha esclarecido todas as questões colocadas pela procuradora Susana Figueiredo.
A continuação da diligência durante o dia de hoje já tinha sido comunicada pela PGR ao início da tarde: “Confirma-se a continuação, hoje, do interrogatório iniciado no passado dia 8 de setembro.”
Neste inquérito – que levou à demissão do ex-ministro – investigam-se ilegalidades na atribuição dos também chamados ‘vistos dourados’, ou seja, autorizações especiais de residência para estrangeiros que façam grandes investimentos no país.
O ex-governante foi apanhado em diversas escutas, de que foram alvo os restantes arguidos, durante a investigação do Ministério Público. A sua imunidade parlamentar foi levantada há poucos meses.
O “Correio da Manhã” avançou esta semana que o deputado cessante do PSD deverá ser acusado até novembro, uma vez que a investigação estará já a chegar ao fim.