Cerca de duas semanas depois, o Executivo muda as regras e diz que afinal só não serão admitidos novos pedidos a partir do momento em que entrar em vigor a nova legislação.
Especialistas acusam Governo de ‘mudar as regras a meio do jogo’, o que vai levar à suspensão de milhares de projetos de milhões de euros. E lembram que desde 2022 já eram proibidos investimentos em Lisboa, Porto e todo o litoral devido à pressão imobiliária.
Na mente do nosso primeiro-ministro, Portugal está com uma tal produção de riqueza, e uma capacidade tão fantástica de atração de investimento estrangeiro, que não faz sentido continuar com este programa. Tal é o fastio do excesso de capital vindo de fora, que mais vale acabar com o programa.
Os polémicos vistos gold ‘prometeram muito e cumpriram pouco’, queixa-se uma investidora, notando que mais valia ‘ter ido a Malta ou a Montenegro’. Costa pondera acabar com o instituto com milhares de vistos por renovar.
Sobre a criação de um visto para nómadas digitais, o chefe de Estado defendeu que a vantagem de atrair aqueles que são o futuro é “indiscutível”.
Esquerda desafia socialistas a aprovar propostas no âmbito do OE 2023 para o fim dos vistos gold.
Para o chefe do Governo, Portugal deve dar continuidade à política de atratividade de investidores em Portugal, nomeadamente na área tecnológica, mas de uma forma diferente, sem estar depende do regime dos vistos gold, em que se obtém autorização de residência no país na sequência, por exemplo, da compra de um imóvel de elevado valor.
Afinal, não será desta que os vistos gold vão acabar. As propostas do Bloco de Esquerda e do PCP, respetivamente, acabaram chumbadas.
O Parlamento Europeu aprovou uma proposta que exige restrições aos vistos gold. Comunistas votaram contra.
Em termos acumulados, o investimento captado em vistos gold caiu 28,7% no ano passado, face a 2020, para 460,8 milhões de euros.