Fakhar-ud-Din Mughal, porta-voz da Autoridade Reguladora dos 'Media' Eletrónicos do Paquistão (PEMRA, sigla em inglês), afirmou que receberam "dezenas de queixas contra o anúncio televisivo considerado indecente".
"Na sua diretiva, a PEMRA indica que o anúncio é visto, de um modo geral, como indecente, imoral e sem qualquer respeito pelas normas sócio-culturais e religiosas" do Paquistão, acrescentou.
No anúncio, um homem pede, numa loja na berma de uma estrada, uma pequena embalagem de preservativos. Um segundo homem aparece e pede uma embalagem maior, com um gesto, que pode ser interpretado como obsceno. Toda a rua começa a cantar e a dançar ao estilo "bhangra".
Esta é a segunda vez que a empresa produtora dos preservativos, Josh, é alvo de uma proibição de difusão dos seus anúncios.
No Paquistão, com perto de 200 milhões de habitantes, de maioria muçulmana, é tabu discutir publicamente assuntos relativos à contraceção.
De acordo com as Nações Unidas, um terço dos paquistaneses não tem acesso a métodos de controlo de natalidade, num país onde a população aumenta mais de 2% ao ano.
Lusa/SOL