"Neste momento, está a haver um drama em Portugal, em concreto, que é a questão dos Governos quererem receber a invasão islâmica que aí vem", disse José Pinto Coelho em entrevista à agência Lusa, referindo que "há um imenso setor da sociedade portuguesa que está horrorizada com isso".
"Nós queremos que o Governo português cuide dos portugueses porque temos muita gente a viver na rua, temos muita gente que é despejada das suas casas", vincou também o líder do PNR, acrescentando "é um contrassenso".
José Pinto Coelho questionou "como é que a Europa pode deixar invadir-se desta maneira", classificando como irresponsáveis as políticas europeias de imigração.
"Eles não nos estão a invadir pelas armas, estão a invadir pelos coitadinhos e depois pela barriga, tendo filhos, filhos, filhos, e qualquer dia mandam em nós", referiu.
Para o líder do PNR, a Hungria, que está a construir um muro para tentar travar a entrada de refugiados no país, "está a defender-se como pode".
Segundo anunciou na quarta-feira passada o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, Portugal vai receber 3.074 refugiados.
De acordo com os números divulgados, Portugal vai acolher 400 refugiados que se encontram atualmente em Itália, mais 1.291 que estão na Grécia e 1.383 que chegaram à Hungria.
A ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, avançou que os primeiros refugiados podem começar a ser acolhidos em Portugal em outubro.
O chefe do executivo comunitário propôs, em Estrasburgo, a distribuição pelos Estados-membros de mais 120 mil refugiados que estão na Itália, Grécia e Hungria, com caráter urgente e obrigatório. A Alemanha será o país que vai acolher mais refugiados receberá (31.443), seguindo-se a França (24.031) e a Espanha (14.931).
Lusa/SOL