Esta “contínua e crescente vaga de poluição” está a matar os peixes mas também “envenena o ambiente e as pessoas”, salientam as organizações não-governamentais (ONG) em comunicado, lembrando que a “gravidade desta poluição das águas do rio Tejo acentua-se devido aos caudais cada vez mais reduzidos que afluem de Espanha”.
Este protesto insere-se num conjunto de ações em defesa do Tejo, pela Rede de Cidadania por Uma Nova Cultura da Água do Tejo de Portugal e Espanha, assinala o mesmo comunicado.
A poluição devastadora do Tejo não provém apenas do país vizinho, lembra-se: “Em território nacional provém da agricultura, da indústria, da suinicultura, de águas residuais urbanas e de outras descargas de efluentes não tratados”. Tudo “com total desrespeito pelas leis em vigor, e sem a competente ação de vigilância e controlo pelas autoridades responsáveis”.
Autoridades ‘complacentes’ com situação
“Nunca o rio Tejo e seus afluentes registaram tão elevado grau de poluição, de abandono e falta de respeito, por parte de uma minoria que tudo destrói, perante a complacência das autoridades”, insistem os movimentos que reivindicam a atuação da Agência Portuguesa do Ambiente e do Governo o cumprimento d Diretiva Quadro da Água.
A garantia de um bom estado ecológico das águas do Tejo; o estabelecimento e quantificação de um regime de caudais ecológicos, diários, semanais e mensais (refletidos nos Planos da Bacia Hidrológica do Tejo, em Espanha e em Portugal, e na Convenção de Albufeira); a ação rigorosa e consequente da fiscalização ambiental contra a poluição; a intervenção junto do governo espanhol com vista ao encerramento da Central Nuclear de Almaraz, eliminando a contaminação radiológica do rio Tejo e o risco de acidente nuclear e, finalmente, realização de ações para restaurar o sistema fluvial natural e o seu ambiente são as outras reivindicações que contam na lista.
No dia e à hora marcados, as associações apelam aos cidadãos que se manifestem nos cais fluviais, nas praias fluviais e nos parques ribeirinhos do rio Tejo e afluentes das suas terras.
Os manifestantes, pedem ainda as ONG, podem “contactar os media regionais e locais” e enviar fotografias da concentrações nos diferentes locais ribeirinhos para o email protejo.movimento@gmail.com ou, através do número 919061330.