Mais de 5.000 já se inscreveram para apoiar refugiados

Mais de 5.000 pessoas já se inscreveram como voluntários na Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), criada para organizar as ajudas da sociedade civil à vaga de refugiados que chegará ao país.

“Temos pessoas de todas as idades, de todos os pontos do país que querem ajudar nas várias áreas estes migrantes”, explicou ao SOL Rui Marques, um dos mentores da plataforma que congrega mais de 30 organismos que atuam no terreno: “A reação tem sido magnífica”.

Portugal começará a receber já em outubro os primeiros 3.074 refugiados que estão na Europa numa quota anunciada na semana passada pela Comissão Europeia (ver Internacional, página 34). E a estratégia do Governo passa pela conjugação de esforços com as organizações no terreno.

Governo reuniu com ONG

Na semana passada, o ministro adjunto Miguel Poiares Maduro já reuniu com a PAR, para coordenar a resposta. O objetivo do Governo é que as famílias de refugiados sejam selecionadas nos países onde se encontram antes de entrarem em Portugal, que já sabe que irá receber refugiados da Hungria (1.383), Grécia (1291) e Itália (400). E já está a preparar estas equipas.

A prioridade será o acolhimento em famílias, tal como também defendeu o Papa Francisco num apelo ao qual a Igreja nacional respondeu oferecendo-se a acolher uma família em cada um das mais de 4.000 paróquias.

André Costa Jorge, diretor do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS), acredita que Portugal pode fazer muito mais do que tem feito até agora: “A estratégia tem sido a de não acolher. Agora perante a pressão da opinião pública, é o momento em que a mudança pode acontecer”.

joana.f.costa@sol.pt