"Imagine-se o que se passará se o primeiro-ministro grego tiver a seu lado Pablo [Iglesias] em Espanha, Gerry Adams na Irlanda e um primeiro-ministro progressista em Portugal", afirmou Tsipras, antes de salientar que o resultado na Grécia é de "crucial importância" para as forças progressistas na Europa.
"No domingo o povo dirá de novo 'não' ao velho sistema que representa a Nova Democracia de [Vangelis] Meimarakis", disse o líder do partido da esquerda grega no final da campanha perante milhares de pessoas na praça Syntagmam centro de Atenas.
O ex-primeiro-ministro grego fazia uma alusão ao 'Não' da população grega à proposta de resgate dos credores internacionais e que foi referendada, e rejeitada, em 5 de julho, mas que o Governo acabou depois por aceitar com algumas alterações.
Num discurso combativo, refere a agência Efe, o líder do principal partido da esquerda grega pediu um mandato forte para contrariar "a intenção dos conservadores em converter o nosso governo num parêntesis" da história.
No domingo a Grécia celebre "um novo referendo" e a pergunta é se a Grécia quer andar em frente ou para trás, disse Tsipras, antes de acrescentar que um voto claro poderá converter-se numa mensagem forte para os países que também celebram legislativas em 2015, Portugal; Espanha e Irlanda.
Entre os políticos que compareceram para apoiar Tsipras incluiu-se o líder do Podemos espanhol, Pablo Iglesias, que subiu ao palco para se dirigir ao eleitorado grego em espanhol.
No seu discurso, Tsipras insistiu ainda para que os indecisos não fiquem em casa porque "é necessário que não se desperdice um único voto".
"Não deixemos que a abstenção ganhe, porque a abstenção não é uma decisão antissistema, é o que deseja a Nova Democracia", assinalou, para acrescentar que "cada voto que se perde para o Syriza é um voto de confiança na corrupção".
Tsipras dirigiu-se em concreto a todos os votantes que optaram por votar Syriza em janeiro e que as sondagens colocam agora na faixa dos indecisos, e assegurou-lhes que "por dececionados que estejam" não devem esquecer que se poderá vencer um dia e o atual combate político constitui uma "longa batalha".
Lusa/SOL