Já conhecemos dias melhores: em 2005, o rating de Portugal pela S&P era AA-, o quarto mais elevado da escala.
A agência de rating justifica a sua decisão com a melhoria do crescimento económico e com a descida do rácio da dívida pública sobre o PIB (o total da produção do país).
Embora seja uma notícia muito positiva, a subida do rating da dívida pública portuguesa não tem a mesma importância do que teria há uns anos atrás, porque o Banco Central Europeu continua a comprar dívida pública dos países da zona euro, fazendo com isso baixar as taxas de juro. A taxa de juro da dívida portuguesa com o prazo de 10 anos esteve hoje nos 2,5%, bem longe dos 15% que atingiu em 2012 (dados da agência de informação financeira Bloomberg), e a subida do rating não a vai alterar muito; mais importantes são as compras de dívida pelo BCE.
Politicamente, já se sabe: a decisão da S&P é uma mais-valia para a coligação. A agência disse, todavia, que as suas decisões são independentes de quem ganhar as eleições.