A revelação foi feita esta noite por Marques Mendes, no habitual comentário na SIC.
Salientando que há muita confusão sobre o assunto, nomeadamente com muita a gente a dizer erradamente que é o Estado que vai pagar a falência do BES, Marques Mendes afirmou: "O que o Estado fez foi um empréstimo ao fundo de resolução e aos bancos todos que o integram. E vai receber o dinheiro todo: recebe primeiro os juros e depois o capital".
"Mas mais do que isso — e as autoridades deviam esclarecer porque os portugueses também não adivinham — é que, ao fim de um ano, o Estado já recebeu 120 milhões de euros de juros", salientou, referindo-se aos 3.900 milhões de euros retirados da linha de financiamento da troika que o Estado tinha colocado no fundo de resolução para o Novo Banco.
Alias, acrescentou Mendes, do total do dinheiro que até hoje foi usado pelos bancos (Novo Banco, Banif, BPI e BCP), segundo o mesmo mecanismo, "o Estado já recebeu mais de mil milhões de euros". "Mesmo em campanha eleitoral, deve-se dizer a verdade", salientou.
Quanto à opção tomada pelo Banco de Portugal, esta semana, de adiar a venda do Novo Banco por falta de acordo com os três candidatos quanto ao preço, Mendes considera que "foi a melhor solução": "Como disse Nuno Amado há uns tempos, 'depressa e bem não há ninguém'. Teria sido preferível vendê-lo, mas ao desbarato seria uma desastre. Foi preferível adiar.