Clássico decidido por ex-jogador de Rui Vitória

Após uma primeira parte demasiado morna, o FC Porto acelerou depois do intervalo e foi premiado com a vitória a quatro minutos do fim do clássico com o Benfica. O golo que decidiu o jogo saiu dos pés de André André, o médio português que deu nas vistas no Vitória de Guimarães de Rui Vitória, a…

Como já havia indicado, Julen Lopetegui fez alterações na equipa, com os regressos de Marcano, Imbula e Corona, que entraram para os lugares de Martins Indi, Danilo e Herrera. Já Rui Vitória resolveu o dilema entre reforçar o meio-campo à custa de um ponta-de-lança ou manter os dois avançados em campo com uma mudança de um dos médios: entrou um mais defensivo, André Almeida, para o lugar de um com maior apetência atacante, como é o caso de Talisca, continuando Jonas e Mitroglou a fazer parceria na frente.

Correu bem. Na primeira parte, as melhores oportunidades pertenceram ao Benfica, que dominou as operações até aos 25 minutos. Dois cabeceamentos do grego Mitroglou, aos 8 e aos 11 minutos, obrigaram Casillas a aplicar-se para evitar o golo.

O FC Porto conseguiu depois inverter a tendência e instalar-se no meio-campo adversário até ao intervalo, sem no entanto aproximar-se da baliza à guarda de Júlio César. A aposta nos remates de longe distância também não resultou.

No regresso dos balneários, o jogo animou, com os dragões mais decididos em carregar sobre o rival da Luz. Logo aos 47’, Aboubakar atirou ao poste, depois de aparecer solto de marcação atrás de Luisão, na sequência de um centro de André André. E pouco depois o camaronês voltou a ter o golo à sua mercê, quando surgiu isolado perante Júlio César, de novo após assistência de André André. O guarda-redes do Benfica saiu de entre os postes e fechou a baliza.

O FC Porto manteve o domínio territorial ao longo de toda a segunda parte e raramente o Benfica foi capaz de ameaçar. As tentativas de contra-ataque dos encarnados também foram escasseando, mas um cabeceamento de Mitroglou, aos 73 minutos, ainda deixou Casillas em sentido.

Houve menos Benfica e mais FC Porto depois do intervalo e, a quatro minuto do fim, a ascendência dos anfitriões refletiu-se no marcador: uma jogada coletiva deixou André André isolado na cara de Júlio César e o médio português não perdoou. Foi o primeiro golo do ex-jogador do Vitória de Guimarães com a camisola azul e branca. E decidiu o clássico, oferecendo três pontos que aumentam a vantagem dos portistas sobre as águias de um para quatro.​

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