Grécia: Tsipras confiante que gregos vão eleger um Governo que dê luta

O ex-primeiro-ministro grego e líder do Syriza, Alexis Tsipras, manifestou-se hoje otimista de que o povo vai dar o seu voto a um governo que “vai dar luta, não só na Europa, como dentro do país” nos próximos quatro anos.

"Nós mostramos que podemos abrir caminhos, mesmo quando não existem", disse Tsipras, após ter votado numa assembleia de voto num bairro popular de Atenas.

Tsipras mostrou-se otimista, afirmando que o povo "tem o futuro nas suas mãos" e abrirá o "caminho para uma nova era", dando "um forte mandato para quatro anos" ao governo.

As urnas para as legislativas antecipadas na Grécia abriram hoje às 07h00 locais, com quase 10 milhões de eleitores a serem chamados a votar pela terceira vez este ano, na quase certeza de que o próximo Governo será de coligação.

Nenhum dos dois principais candidatos à vitória eleitoral — o partido de esquerda Syriza, do ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, que procura uma relegitimação do mandato, e o conservador Nova Democracia (ND), de Vangelis Meimarakis, — conseguiu nas sondagens chegar perto dos 38% de votos necessários para conseguir uma maioria parlamentar (151 deputados).

As quatro últimas sondagens antes do período de reflexão, divulgadas na noite de sexta-feira, colocavam o Syriza à frente do ND por margens ligeiras, oscilando entre os 0,7 e os três pontos percentuais.

As mesmas sondagens colocavam a percentagem de eleitores indecisos entre os 10% e os 15%, com os que afirmam que não irão votar também nos 10%, números que deixam completamente em aberto o resultado da votação de hoje.

Estas eleições antecipadas foram convocadas na sequência da demissão de Alexis Tsipras do cargo de primeiro-ministro, em 20 de agosto, depois de perder uma parte da sua bancada parlamentar devido a uma cisão de 25 deputados da ala mais à esquerda do partido quando o parlamento grego aprovou um novo pacote de austeridade que Tsipras acordou com Bruxelas, recuando nas promessas de que iria acabar com a política de austeridade na Grécia.

Lusa/SOL