Passos e a estabilidade, Costa e as promessas

1 – Passos Coelho, questionado hoje sobre se aprovaria um orçamento de um governo PS, estando na oposição, respondeu que “Nunca serei oposição ao país”. Fraca memória, Sr. Dr. O último governo de Sócrates caiu devido a uma coligação Bloco – PCP – PSD – CDS, que chumbou o PEC IV. E foi esse chumbo…

2 – António Costa, na Covilhã, disse hoje, em linguagem cifrada, que, caso forme governo, irá estudar a abolição de portagens no interior do país e no Algarve. A meu ver, asneira. Primeiro, porque as auto-estradas precisam de ser pagas, ou por quem as usa ou por todos, através dos impostos, e a primeira opção parece-me mais justa. Em segundo lugar, e mais importante, se Costa desatar a fazer promessas despesistas a torto e a direito isso irá encaixar no discurso da oposição, que afirma a todo o momento que um novo governo PS levaria, pela sua leviandade, o país a uma nova bancarrota. A situação económica de Portugal está melhor do que há dois anos atrás, mas não é brilhante, pelo que se pede, caro Dr. Costa, extrema prudência.