O Ferrari LaFerrari amarelo e o Porsche GT3 branco foram filmados a acelerar em ruas residenciais de Los Angeles, a passar sinais de Stop sem sequer abrandar, e quase a bater noutros carros. No final, prova de que o teste foi ‘intenso’, o Ferrari – cujo valor ronda os 1,5 milhões de euros – estacionou ao pé de uma vivenda já a deitar fumo pelo compartimento do motor.
A polícia foi chamada imediatamente ao local, mas o condutor terá alegado imunidade diplomática – condição que não poderia ser comprovada no momento –, pelo que os agentes deixaram a vivenda.
Isto aconteceu na segunda semana de Setembro, mas a notícia continuou pelas bocas do principalmente devido ao vídeo colocado no YouTube no dia 12, que já vai a caminho dos dois milhões de visualizações. Também ganhou mediatismo porque o carro está registado em nome do xeque Khalid bin Hamad Al-Thani, membro da família real do Qatar e ex-ministro do Interior do país.
É conhecida a paixão de Al-Thani por carros de luxo e desportivos, que são transportados um pouco por todo o mundo para ele os poder conduzir. Não se sabe se era o xeque que estava ao volante do Ferrari, mas mesmo que o fosse não tinha direito a imunidade diplomática. E mentir sobre essa condição especial é um crime federal, explicou a Polícia de Beverly Hills
Quando o nome do Xeque veio a público, as críticas da comunidade ao que parece ser um abuso, uma situação de aparente impunidade, não se fizeram esperar. As dificuldades das autoridades em fazer uma detenção, segundo os jornais, prendem-se com a impossibilidade de provar quem estava ao volante do Ferrari ou do Porsche – este último sem matrícula sequer.
E se acha que a história era boa, melhor ficou. No final da semana passada a família de Al-Thani deixou os Estados Unidos num jato privado; a casa (alugada) de Beverly Hills já está vazia; e os carros foram também enviados não se sabe bem para onde.
A estação de televisão CTV, do Canadá, afirmou este domingo que o xeque poderá estar alojado um hotel em Vancouver, a apenas algumas horas de voo de Los Angeles. A CTV ligou para um quarto do hotel Fairmont Pacific Rim, e a pessoa que atendeu confirmou que se tratava do quarto “do senhor Al-Thani”. Os responsáveis do hotel também confirmaram ao canal televisivo que tinham vários quartos reservados em seu nome.
Paralelamente, sabe-se que um dos jatos privados do xeque Al-Thani aterrou em Vancouver na quinta-feira. No entanto, a polícia da cidade explicou já que não tem qualquer jurisdição neste caso.