Quanto à subida do défice do Estado do ano passado de 4,5% para 7,2% do PIB, é o que se chama um “resultado extraordinário”, isto é, como os bancos não vão à falência todos os anos (em princípio), o Estado não tem de se endividar todos os anos para os salvar.
O dinheiro foi agora contabilizado como gasto, mas, como se tratou de um evento não repetível (ou pelo menos assim supomos), dou mais importância ao défice “corrente” de 4,5% do PIB do que ao défice “extraordinário”, total por outras palavras, de 7,2% do PIB.
Vamos ver quanto dinheiro será recuperado com a venda do Novo Banco. Agora, achar que a falência do BES e a criação do fundo de resolução para “inventar” o Novo Banco foram eventos positivos e lucrativos parece-me muito estranho.