Se o Novo Banco tivesse sido vendido em menos de um ano desde o resgate, as regras contabilísticas obrigavam apenas a registar o prejuízo efetivo com a operação: a diferença entre o preço de venda e os 4,9 mil milhões. Com o adiamento da venda e tendo já passado mais de um ano desde o resgate, tem de ser contabilizada toda a capitalização do antigo BES.
"As revisões dos resultados para 2014 refletem, sobretudo, a inclusão de 4,9 mil milhões de euros relativo à capitalização do Novo Banco como transferência de capital", explica o organismo de estatística.
Quanto ao défice para este ano, o Governo mantém a intenção de atingir 2,7% do PIB, mas outros dados de contabilidade pública também conhecidos hoje mostram que o Executivo está longe desse objetivo. Segundo o INE, o saldo orçamental ficou em 4,7% nos primeiros seis meses do ano.