Caloira de Faro hospitalizada por coma alcoólico devido a praxe

O ritual consistiria em enterrar os jovens na areia, perto da água, para ficarem imobilizados enquanto lhes iam sendo dadas bebidas alcoólicas à boca. Aconteceu na quarta-feira à noite e para Ana Eloísa, jovem caloira de 19 anos, que entrou em Biologia na Universidade de Faro este ano, não terminou bem: Sentiu-se mal e terá…

Na sequência do sucedido, a jovem teve de ser transportada de ambulância para o Centro Hospitalar do Algarve, na mesma cidade, mas as últimas notícias dão conta de que já se encontra bem e de que deverá ter alta “em breve”.

Segundo contou o seu tio, Mário Galego, ao Jornal de Notícias, a rapariga saiu de casa à hora de jantar para a praxe. "A minha mãe viu cerca de 20 jovens enterrados na areia, imobilizados, sem conseguir mexer os braços. Pouco tempo depois, viu chegar uma ambulância e apercebeu-se de que era a minha sobrinha que estava a ser desenterrada e socorrida. Espumava pela boca e perdeu os sentidos".

A mesma testemunha contou ao jornal que, quando tentou perceber o que se passou junto dos colegas da jovem, nenhum quis falar, e que foi mesmo a ameaçado quando tentou tirar fotografias: "A preocupação deles”, disse, “era tapar os buracos que fizeram na areia antes da chegada da GNR e da Polícia Marítima. A maré entretanto subiu e levou parte dos vestígios".

Entretanto, o reitor da Universidade do Algarve, António Branco, anunciou esta manhã em comunicado que instaurou um processo de averiguações para responsabilizar disciplinarmente os alunos envolvidos no ritual.

sonia.balasteiro@sol.pt