Questionado pela Lusa, o gabinete de imprensa da PGR adiantou apenas que "o Ministério Público decidiu instaurar um inquérito relacionado com essa matéria".
Já na quinta-feira o Ministério da Educação e Ciência (MEC) informou que pediu esclarecimentos sobre o caso e afirmou que "aprecia a resposta rápida do reitor da Universidade do Algarve".
"O secretário de Estado do Ensino Superior contactou hoje [quinta-feira] de manhã o reitor da Universidade do Algarve a fim de se informar sobre o episódio ocorrido na noite de quarta-feira, em Faro, em que uma estudante teve de receber tratamento hospitalar e pediu-lhe para transmitir à estudante e à sua família os votos de rápido restabelecimento. O Ministério da Educação e Ciência aprecia a resposta rápida do Reitor da Universidade do Algarve, que instaurou um processo de averiguações ao caso reportado", lê-se num comunicado da tutela.
O reitor da Universidade do Algarve (UAlg) anunciou a abertura de um processo de averiguações.
O caso, que ocorreu na noite de quarta-feira na Praia de Faro, foi relatado ao reitor da academia algarvia pelos pais da aluna, de 19 anos, e que entrou agora para a universidade, o que levou António Branco a decidir instaurar um processo para apurar eventuais responsabilidades disciplinares dos estudantes da universidade envolvidos.
"Em consequência de alguma coisa que aconteceu na praia, uma aluna necessitou de assistência médica e isso constitui matéria suficiente para abrir um processo de averiguações que pode ter consequências disciplinares", disse António Branco à Lusa, sublinhando que a situação clínica da aluna "não é grave".
Fonte do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) confirmou à Lusa que a jovem deu entrada na unidade de Faro, às 21:55 de quarta-feira, e que continuava, na quinta-feira de manhã, em observação no serviço de Urgência, estimando-se que tenha alta em breve.
De acordo com a edição 'online' do Jornal de Notícias, a alegada praxe a que a aluna do primeiro ano foi submetida consistia em enterrar os jovens na areia próximo da água, ficando imobilizados enquanto lhe eram dadas, à boca, bebidas alcoólicas.
Segundo António Branco, a universidade está agora a reunir informação sobre o sucedido para a abertura de um despacho "que seja sólido", o que deverá acontecer nos próximos dias.
Lusa/SOL