“Os organismos financeiros internacionais devem velar pelo desenvolvimento sustentável dos países, evitando uma sujeição sufocante desses países a sistemas de crédito que, longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência”, afirmou o chefe da Igreja Católica na presença de vários chefes de Estado e de Governo.
Num discurso proferido em espanhol, Francisco apelou também à reforma no Conselho de Segurança e nos organismos financeiros internacionais, para defender melhor as populações mais desprotegidas. “A necessidade duma maior equidade é especialmente verdadeira nos órgãos com capacidade executiva real, como o Conselho de Segurança, os organismos financeiros e os grupos ou mecanismos criados especificamente para enfrentar as crises económicas”, declarou.
Francisco pede diálogo e luta incansável contra a guerra
Francisco elogiou o trabalho desenvolvido no seio da ONU, considerando mesmo que sem ela “a humanidade poderia não ter sobrevivido”. E deixou apelos para que, através do diálogo, aqui se continue a lutar “incansavelmente” para evitar a guerra, “a negação de todos os direitos e uma agressão dramática ao meio ambiente”.
É a quinta vez que um Papa discursa na ONU. Francisco seguiu depois para o Ground Zero, onde visitará o memorial dedicado às vítimas do ataque terrorista do 11 de Setembro.