De acordo com o Ministério Público, ao mesmo tempo que esfaqueava o filho, o arguido estava ao telefone com a mãe do bebé fazendo com que esta assistisse ao crime à distância. Depois de a criança morrer, abriu os bicos de gás do esquentador e do fogão de casa e saiu de casa, numa tentativa de provocar uma explosão e assim adulterar o cadáver. Foi atrás da companheira e quando a encontrou ameaçou que ia matá-la também. Só a rápida intervenção da polícia, alertada pelo telefone pela mãe do bebé, impediu que o arguido concretizasse mais este crime.
A motivação do crime foi o anúncio do fim da relação que terá acontecido porque a mulher percebeu que o companheiro abusava do álcool. Nesse dia, o arguido, desempregado, estava em casa a cuidar do filho que nascera em outubro e tinha consumido droga. Depois de uma discussão com a companheira, terá decidido matar o filho de ambos.
Os problemas conjugais deste casal já eram conhecidos. Um ano antes, depois de diversos episódios de violência doméstica, a mulher terá fugido de Coimbra, onde viviam. Voltaram a juntar-se já em Lisboa, onde tiveram este bebé faz agora um ano.
O homem encontra-se em prisão preventiva.