"Estamos preparados para esses ataques dos media. A primeira notícia sobre vítimas entre a população civil apareceram antes de os nossos aviões descolarem", disse Putin durante uma reunião do Conselho de direitos humanos, adjunto à Presidência russa.
O líder do Kremlin sublinhou que "outros países atacam há mais de um ano o território da Síria sem autorização do Conselho de Segurança da ONU e sem o correspondente pedido das autoridades oficiais" sírias.
"Nós temos essa solicitação, e temos precisamente a intenção de lutar contra as organizações terroristas", sublinhou Putin.
Pouco antes, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, tinha garantido que os objetivos dos ataques aéreos russos na Síria se dirigem em exclusivo contra os 'jihadistas' e são decididos em coordenação com o Ministério da Defesa do país árabe.
"É necessário ter muito cuidado com todas as informações que surgem agora, porque muitas vezes são deformadas e falsas", afirmou.
O presidente da Coligação Nacional Síria (oposição), Khaled Khoja, assegurou na quarta-feira que os bombardeamentos russos no norte da província de Homs provocaram a morte de 36 civis e atingiram um território onde o grupo Estado Islâmico (EI) não está presente.
A pedido de Putin, que recebeu uma petição de ajuda militar por escrito do líder sírio Bashar al-Assad, o Senado da Rússia tinha previamente autorizado o envolvimento da força aérea russa na Síria.
Na sua primeira intervenção perante a Assembleia geral da ONU após dez anos de ausência, Putin considerou na segunda-feira um "erro grave" não auxiliar militarmente al-Assad no combate contra os 'jihadistas'.
Lusa/SOL