A jogar em casa, Catarina Martins foi hoje recebida de forma efusiva no Porto e durante a arruada pela Rua de Santa Catarina, ao ritmo de sons celtas, quase não chegou para as encomendas e para as muitas pessoas que a quiseram cumprimentar.
A descida entre o cruzamento da Rua Fernandes Tomás e o café Majestic fez-se a passo lento porque, a cada instante, a porta-voz bloquista – acompanhada por Mariana Mortágua, Marisa Matias e José Soeiro – era interpelada, tendo esta sido a arruada mais emotiva de toda a campanha que hoje o Bloco de Esquerda (BE) encerra no Porto.
"Precisamos de mais Catarinas, pequeninas mas grandes", ouviu-se de uma senhora que abraçou a bloquista de forma entusiasta e lamentou que a arruada dos "ladrões" da PàF, que esteve na Rua de Santa Catarina na véspera, tenha tido muita gente.
O ator António Capelo, que hoje se juntou aos bloquistas, foi o mais otimista da tarde: "vamos fazer uma onda que só para em S. Bento".
"No domingo vai ser Bloco", foi dizendo Catarina Martins, reiterando a intenção de reforçar a votação do BE e reconquistar os deputados perdidos nos distritos de Coimbra, Braga, Santarém e Leiria.
Catarina Martins recebeu várias promessas de votos – algumas delas de socialistas desiludidos com o partido – sendo as mulheres as mais entusiastas quando se cruzavam com a líder do BE.
"É, sem dúvida, um enorme carinho e muito apoio que sentimos na rua, que vem em crescendo ao longo da campanha. É comovente sentir tanto apoio e é o apoio às ideias do Bloco, a esta ideia de que é possível ter esperança no país, não temos de desistir de Portugal", disse a bloquista aos jornalistas.
Francisco Louçã chegou já no final da arruada, mas ainda a tempo de cumprimentar Catarina Martins, que saiu da arruada ainda antes dos discursos dos dirigentes locais começarem.
Lusa/SOL