O Sporting revela que, na sequência da expulsão no dia 26 de setembro frente ao Boavista e após receção do mapa de castigos, "foi notificada a instauração de um processo disciplinar que irá seguir os seus trâmites legais".
"Muito embora o Conselho de Disciplina tenha deliberado instaurar o processo disciplinar, foi o presidente notificado que, para além disso, se encontra suspenso de forma preventiva pelo período de 20 dias. Isto significa que muito provavelmente haverá um novo período de castigo associado ao atual", pode ler-se no comunicado do Sporting.
Na sequência desta suspensão, a Sporting SAD aponta: "Perante o sucedido, os reiterados enganos e decisões absurdas e perante os factos descritos no relatório do árbitro, que, ou não são verdadeiros ou estão totalmente descontextualizados dos acontecimentos, vem a Sporting SAD comunicar que o seu presidente, na qualidade de presidente do Sporting Clube de Portugal, tomou a decisão de, enquanto decorrer esta suspensão e processo, não voltar a nenhum estádio de futebol, seja na bancada, tribuna ou em qualquer outra área."
No documento, o Sporting lembra ainda o castigo de 45 dias aplicado a Bruno de Carvalho a 24 de junho de 2014 (início a 01 de julho de 2014) e multa acessória de 1.148 euros por alegada lesão da honra e reputação dos órgãos da estrutura desportiva e dos seus membros, tendo vindo a ser absolvido no dia 29 de julho do mesmo ano, depois de ter cumprido 29 dias de suspensão.
Os 'leões' lembram depois que, a 22 de fevereiro de 2015, Bruno de Carvalho foi castigado com a suspensão de um mês e multa no valor de 765 euros, após o jogo com o Gil Vicente.
"Em causa estava uma suposta ofensa a um elemento da equipa técnica do Gil Vicente, no decorrer do intervalo do referido jogo, sendo que a realidade dos factos é que o referido funcionário do Gil Vicente havia-se dirigido de forma ofensiva para o presidente do Sporting e este nunca se dirigiu verbalmente de forma direta e isolada para quem o havia ofendido. Apesar disto, e apesar de as imagens o comprovarem, ainda o elemento do Gil Vicente, José Augusto Ferreira, afirmou que não trocou palavras nenhumas com o recorrente, que não se apercebeu de nada e nem se lembra de nada", acrescentou o Sporting.
O comunicado acrescenta: "Apesar de todas estas evidências, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol decidiu apenas dar valor à palavra do delegado da Liga naquele jogo, Tiago Belchior, com o argumento de que a palavra do delegado é mais credível e relevante."
Os 'leões' frisam que esta decisão do seu presidente "visa a demonstração clara da forte necessidade de alteração imediata de mentalidades e procedimentos do futebol português, obtendo com isso a necessária credibilização, transparência e modernização do mesmo".
O Sporting informa ainda que Bruno de Carvalho "não se inibirá de dar o seu acompanhamento próximo às equipas de futebol do Sporting Clube de Portugal, bem como, não se coibirá de realizar qualquer ato, seja escrito, seja falado, que deriva do facto de ter sido livremente eleito pelos associados" para presidente do clube.
Lusa/SOL