Os serviços de informações britânicos observaram que cinco por cento dos ataques atingiram combatentes daquele grupo, mas a maior parte "matou civis" e atingiu as forças da Síria Livre, que combatem o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, disse Fallon ao jornal Sun.
O governante britânico acrescentou que a intervenção da Federação Russa "complicou" a crise, sugerindo que o próprio Reino Unido poderia estender a sua campanha de bombardeamentos, que por agora se centra nos milicianos do grupo Estado Islâmico no Iraque, para a Síria.
"Estamos a analisar onde os ataques (russos) são feitos todas as manhãs", disse ao jornal. "A grande maioria não é de todo contra o EI", garantiu.
"As nossas provas indicam que (os russos) estão a largar munições não guiadas sobre áreas civis, matando civis, e estão alargá-las sobre as forças da Síria Livre, que combatem Al-Assad", especificou.
Para Fallon, o que os russos estão a fazer "protege Al-Assad e perpetua o sofrimento".
Apesar das ações russas, Fallon insistiu que o governo britânico vai defender a extensão das ações da sua força aérea, argumentando que seria "moralmente errado" não atacar o EI na Síria.
"Não podemos deixar a segurança das ruas britânicas para as aeronaves francesas, australianas ou norte-americanas", acrescentou.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, avisou na sexta-feira que o envolvimento militar russo na Síria em apoio do regime de Damasco era uma "receita para o desastre".
Na sexta-feira, a Federação Russa realizou o seu terceiro dia de ataques aéreos na Síria, assegurando que está a atacar os extremistas do EI, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a enfrentar uma crescente criticismo internacional devido à sua campanha militar.
Lusa/SOL