Num comunicado divulgado após uma reunião de emergência do Conselho do Atlântico Norte, ao nível de embaixadores, convocada pelo seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, depois do incidente verificado no espaço aéreo turco, a NATO reafirmou a sua "profunda preocupação" com o envolvimento militar russo na Síria.
Apontando que os ataques da aviação russa em Hama, Homs e Idleb causaram vítimas civis "e não visaram o Daesh" (designação para o auto-proclamado Estado Islâmico), a Aliança Atlântica insta a Federação Russa a "parar imediatamente os ataques contra os civis e opositores sírios, e focar os seus esforços na luta contra" a organização terrorista.
Reportando-se em concreto à violação do espaço aéreo turco por um avião de combate russo, no fim de semana, a NATO dá conta do "firme protesto" e "condenação" por parte dos aliados a estas incursões no espaço aéreo da Aliança Atlântica, e adverte para "o perigo extremo de tal comportamento irresponsável".
Além de pedir "explicações" a Moscovo, a NATO insta ainda as autoridades russas a tomarem "todas as medidas necessárias para garantir que tais violações não ocorrerão no futuro".
"A segurança da Aliança é indivisível, e os Aliados permanecem fortemente solidários com a Turquia. Continuaremos a seguir os desenvolvimentos nas fronteiras a sudeste da NATO com muita atenção", conclui o comunicado divulgado pela NATO.
Lusa/SOL