João Gouveia continua em casa, em Lisboa, onde faz trabalhos ocasionais de engenharia informática. No ano passado, chegou também a fazer um estágio profissional nesta área.
Começa agora, conta fonte próxima do antigo dux, a regressar lentamente a uma “vida mais normal”, depois da intensa polémica em torno do processo judicial à morte dos colegas da universidade que acabou arquivado pelo Ministério Público.
Aguarda ainda a decisão do Tribunal da Relação de Évora, para onde as famílias das vítimas do Meco recorreram em abril passado, numa última tentativa de levar o caso a julgamento. Só depois é que João Gouveia irá decidir se retoma os estudos.
Ainda evita sítios públicos
No início da investigação policial, o ex-dux vivia quase em reclusão. “Houve fases de loucura mediática, em que o João saía à rua e era alvo de ameaças e até de agressões”, conta a mesma fonte.
Refugiou-se junto da família. O pai, antigo professor em várias escolas públicas da região de Lisboa, decidiu abandonar o ensino e tem acompanhado o filho, que desde o acidente tem recebido apoio psicológico.
Hoje, com o abrandamento da pressão mediática, João voltou a retomar hábitos antigos e a sair para estar com amigos. Alguns deles são estudantes da Lusófona com quem ainda tem contacto, mas também amigos de infância, Procura não ir a sítios públicos e prefere programas em casa de familiares ou amigos. “Ainda é alvo de muita atenção dos media”, explica a mesma fonte. Mas continua a evitar os jornalistas: desde o início do processo, deu apenas duas entrevistas.