Os Estados Unidos são a maior potência naval do mundo, com um total de 10 porta-aviões, cinco nas águas do Atlântico e cinco no Pacífico (a seguir vem a Itália, com dois porta-aviões; mesmo a França, que tinha dois, um no Atlântico e outro no Mediterrâneo, hoje só tem um).
Mas a China, que tem conflitos sobre o limite das suas águas territoriais com diversos países, já não fabrica só t-shirts. Os seus avanços tecnológicos já lhe permitiram colocar um homem no espaço, feito só igualado pela União Soviética / Rússia e pelos Estados Unidos. A China, potência continental, quer expandir o seu poder no Pacífico, e para isso está, entre outras coisas, a desenvolver um míssil que foi alcunhalado no Pentágono como “o assassino de porta-aviões”.
Não quer isto dizer que a China vá ultrapassar os Estados Unidos económica e militarmente. Economicamente, o seu ritmo de crescimento anual do PIB está a abrandar, de uns ainda estonteantes 7% ao ano, e ninguém sabe onde vai parar de cair. Geograficamente, só tem costa no Pacífico, contrariamente aos Estados Unidos, que também têm no Atlântico, podendo por isso expandir o seu poder por todo o mundo. E, por fim, há um obstáculo decisivo à sua prosperidade: não são uma democracia, onde os direitos individuais estejam garantidos, como é explicado no livro “Porque falham as nações”, de Daron Acemoglu e James A. Robinson.