E a culpa é da internet. Segundo o CEO da empresa, este género de imagens tornou-se banal e fora de moda, graças à pornografia online.
“Atualmente está apenas a um click de distância de todo o tipo de relações sexuais imagináveis. E está tão ‘démodé’ nesta conjuntura”, explicou Scott Flanders, numa entrevista ao New York Times
Mas os factos surpreendentes não ficam por aqui. O fundador da revista, Hugh Hefner, atualmente com 89 anos, concordou com esta decisão, que deverá entrar em vigor a partir de março de 2016.
Ainda assim, tal como explica o Guardian, as imagens provocadoras e a eleição da Playmate of the Month vão manter-se, mas as fotografias vão passar a ser ‘rotuladas’ para maiores de 13 anos.
Algo que também vai mudar é o público-alvo da revista, que passa a ser dirigida a jovens do sexo masculino com uma situação profissional estável, – algo que, segundo Flanders, os vai distinguir da Vice (uma outra revista).
O próprio site da Playboy já sofreu modificações. Desde 2014 que deixou de publicar fotografias de mulheres nuas, tornando-se ‘mais apropriado’ para ser consultado e lido no trabalho. Isso fez com que houvesse um maior tráfego, mas também aumentou o seu público jovem.
A Playboy foi lançada há 62 anos, com a atriz Marilyn Monroe na capa, e foi a primeira publicação a quebrar o tabu de publicar fotografias de mulheres nuas. As suas vendas, porém, têm vindo a cair. Em 1975, chegou a vender 5,6 milhões de cópias e, hoje em dia, não passa das 800 mil.
Mas a revista também é conhecida pelas entrevistas com grandes figuras da história, que foi publicando ao longo dos anos.
Recorde-se o caso de Martin Luther King que disse à Playboy que "a América é hoje uma nação muito doente". Jimmy Carter, na altura ainda futuro Presidente, confessou ter desejado outras mulheres.