"Pela primeira vez discutimos seriamente sobre esta questão, de que não se trata de 1.000 milhões ou 2.000 milhões, mas sim de princípios básicos", assinalou Merkel na conferência de imprensa posterior à cimeira europeia, quando questionada se detetou hoje uma Europa solidária com a crise dos refugiados.
No entanto, sublinhou que esta questão vai exigir "muito mais conversações para que todos entendam este princípio".
Merkel referia-se neste contexto aos países do leste da Europa que integram o "Grupo de Visegrad", Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria.
"Por razões específicas que não entendo de todo, os países do leste sentem-se por vezes maltratados, e como os reconheço como parceiros honestos, tenho que refletir mais sobre por que motivo reagem tão duramente", assinalou.
A chanceler adiantou que também não entende essas posições "por sentir profundamente que se trata de um desafio para toda a Europa que terá efeitos geopolíticos", entre outras consequências.
Para Merkel, a cimeira serviu para um debate "honesto, um debate de progresso e outro sobre o que podemos construir".
No entanto, a Alemanha não conseguiu que se mencionasse de forma específica nas conclusões do encontro a criação de um mecanismo de repartição dos refugiados na União Europeia (UE) numa base permanente.
Lusa/SOL