Com este anúncio, Biden deixa de ser um potencial obstáculo para a nomeação presidencial pelo Partido Democrata da antiga chefe da diplomacia Hillary Clinton, considerada por muitos como favorita.
"Acredito que não dispomos do tempo necessário para montar uma candidatura vencedora para a nomeação [democrata]", afirmou Joe Biden, de 72 anos, numa declaração nos jardins da Casa Branca, ao lado do Presidente norte-americano, Barack Obama, e da sua mulher Jill.
Mas, o vice-presidente advertiu: "Embora não seja candidato, irei defender de forma clara e enérgica os valores do nosso partido e a direção que o nosso país deve tomar".
"O partido e o país estarão a cometer um erro trágico se decidirem afastarem-se ou tentarem desfazer o trabalho de Obama", disse Biden.
"Os democratas devem não só defender e proteger este trabalho, mas também fazer uma campanha com base neste trabalho", reforçou.
Este veterano da política norte-americana é visto como o aliado mais fiel de Barack Obama desde a sua eleição em 2008.
Ao contrário de Hillary Clinton, que já manifestou publicamente por diversas vezes algumas diferenças sobre certos dossiês (Líbia, acordo de livre comércio), Biden tem valorizado a sua total fidelidade a Obama, que o foi buscar às primárias democratas presidenciais de 2008 e lhe deu a vice-presidência norte-americana.
"O Presidente e eu não temos qualquer discordância ideológica", afirmou, na terça-feira, Joe Biden, durante uma conferência numa universidade em Washington.
Biden era encarado como um potencial forte concorrente que poderia baralhar a disputa para a nomeação presidencial democrata.
Apesar de Hillary Clinton continuar a ser a favorita, o vice-presidente tem surgido nas sondagens na terceira posição, com 17% das intenções de voto, atrás da antiga secretária de Estado norte-americana e do senador independente Bernie Sanders.
Do lado dos republicanos, o empresário e milionário Donald Trump continua a liderar as preferências do eleitorado do Partido Republicano, reunindo 32% das intenções de voto, segundo uma sondagem hoje divulgada pelo jornal The Washington Post e pela estação de televisão ABC.
Cerca de 42% dos inquiridos afirmou acreditar que o empresário será o vencedor da nomeação republicana, de acordo com os mesmos indicadores.
Lusa/SOL