A mulher de 52 anos viajou do Canadá, país onde mora atualmente, para Miami para consultar uma especialista em tratamentos com laser para vítimas de queimaduras, pode ler-se no Independent. Kim ficou com um terço do corpo queimado, especialmente as costas, parte de trás do pescoço e braço esquerdo, após uma explosão acidental com napalm em Trang Bang, perto de Saigão.
Kim Phuc became symbol of Vietnam War in photo of her wailing as she runs toward the camera https://t.co/jwIF7XK33F pic.twitter.com/d82K0Ldh0N
— KXAN News (@KXAN_News) October 25, 2015
Jill Waibel, do Miami Dermatology and Laser Institute, explica que o tratamento tem como objetivo não só aliviar as dores crónicas causadas pelo napalm como também tratar das cicatrizes. “Durante muitos anos sonhei que não teria mais cicatrizes, nem mais dores quando estivesse no paraíso. Mas agora para mim, o paraíso chegou à terra”, explicou à Associated Press (AP).
A acompanhar Kim estavam o seu marido e o fotógrafo da AP que imortalizou a sua dor, Nick Ut. O vencedor do Pulitzer (graças a esta fotografia) recordou os gritos da menina a quem deu abrigo na carrinha da AP, a 8 de junho de 1972. “Acho que estou a morrer, está muito quente, muito quente, estou a morrer”, gritava a menina de nove anos.
Kim recorda que na época foi complicado lidar com toda à publicidade em torno da fotografia, acrescentando que chegou mesmo a ter vergonha da imagem. Com o passar do tempo, aprendeu a aceitá-la. “Ele tirou a fotografia e agora, vai estar comigo neste novo capítulo”, afirmou Kim, referindo-se ao fotógrafo, que trata por Tio Ut.
Jill Waibel explicou ainda que a mulher terá de ser submetida a cerca de sete tratamentos, ao longo de nove meses.