Pyongyang adquiriu em agosto 13.530 'tablets' chineses por 900 mil dólares (814 mil euros), valor que contrasta com os poucos mais de mil comprados em julho, informou o jornal especializado NK News, em Seul, citando dados das Alfândegas da China.
O elevado número de agosto representa três quartos dos 1,2 milhões de dólares (10,8 milhões de euros) gastos em todo o ano passado neste tipo de dispositivos, de acordo com a mesma fonte.
Um especialista consultado pelo diário, citado pela agência Efe, atribui a subida ao facto de a Coreia do Norte, que tem uma eocnomia centralizada, adquirir este tipo de produtos em grandes quantidades e de os distribuir de seguida até esgotar o 'stock'.
Analistas acreditam que a Coreia do Norte importa os 'tablets' da China para os comercializar depois localmente como se fossem de origem nacional ou que adquire os componentes do país vizinho e junta-os de forma a criar os seus próprios aparelhos.
Nas feiras norte-coreanas relacionadas com a tecnologia viu-se este ano o 'tablet' estrela do país, o Samjiyon.
Na capital, Pyongyang, é cada vez mais habitual ver pessoas com 'smartphones' ou 'tablets' e o número de utilizadores de contratos de telemóveis ronda os três milhões num país com uma população estimada em aproximadamente 25 milhões de habitantes.
Em todo o caso, o regime de Kim Jong-un impede os seus cidadãos de acederem à Internet, pelo que os utilizadores destes dispositivos têm de se conformar com os jogos ou outras funcionalidades 'offline' ou, na melhor das hipóteses, aceder a redes locais.
O NK News indicou ainda que, entre janeiro e agosto, a Coreia do Norte importou mais de 16 mil computadores portáteis, um número que representa o dobro face aos cerca de 7.500 que adquiriu em igual período do ano passado.
Lusa/SOL