Esta ‘confissão’ faz parte do movimento #PrimeiroAssédio, criado pela Think Olga, uma ONG feminista. Segundo um artigo da Globo, esta ação pretende estimular as mulheres a contarem as suas experiências de assédio sexual, que ocorreram durante a infância, de modo a que assunto deixe de ser encarado como uma ‘brincadeira’ ou como algo ‘normal’.
No caso de Letícia, o assédio ocorreu quando estava a regressar a casa, depois de uma aula de ballet, em Belo Horizonte. Estava numa rua deserta, quando um carro conduzido por um homem se aproximou a perguntar-lhe o nome da rua. O indivíduo fingiu não estar a ouvi-la de modo a que se aproximasse da viatura.
“Foi então que percebi seus olhos verdes avermelhados e estatelados, um pau gigantesco em suas mãos, o olhar doente e pessimamente intencionado![sic]", escreveu a atriz.
Foi nessa altura que a jovem Letícia, ainda longe de casa, conseguiu agarrar um tijolo para se proteger. O homem acabou por se ir embora, sem lhe tocar.
“Quando o vi desaparecer da minha vista, corri até minha casa, coração a mil, um nojo daquilo, a minha forma de medo. A gratidão pelo tijolo da construção.”
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