A procuradoria helvética avançou o número esta quinta-feira, explicando também que decidiu autorizar os gabinetes de Ministério Público de cada cantão a concentrarem as queixas, para não ficaram espalhadas por muitos gabinetes de âmbito mais local.
Curiosamente – num país onde o alemão é a língua mais falada mas o francês e o italiano também têm grande peso na população –, a maior parte das queixas criminais vem de uma região em particular: os cantões do oeste do país, onde domina o francês, principalmente Genebra.
Já nos Estados Unidos, onde o escândalo rebentou em meados de setembro, entraram nos tribunais federais cerca de 350 queixas criminais (que podem ter mais do que um queixoso) até ao início desta semana. Pensa-se que todos esses processos serão canalizados por um painel de juizes federais para um tribunal e um juiz apenas, para simplificar e uniformizar as decisões.
Apesar de tudo, as vendas vão subir
Também já há previsões sobre as vendas de carros do grupo Volkswagen (VW e Audi) nos Estados Unidos. Se as vendas de setembro – que revelaram um aumento ligeiro (0,6%), numa altura em que o escândalo era conhecido há menos de duas semanas –, as de outubro também não devem mostrar um impacto muito negativo. Especialistas contactados pela Reuters esperam um crescimento da comercialização de automóveis VW e Audi de 1% a 5% no país.
No entanto, o tipo de carros comprados mudou radicalmente. Parte dos modelos (com motores 2.0 TDI) foram proibidos, pelo que os consumidores voltaram a apostar mais nas versões a gasolina, afastadas do escândalo das emissões poluentes falseadas através de um software que as baixava em situações de teste.
Das perdas, as primeiras em 15 anos, é que o grupo germânico já não se livra. Esta semana a Volkswagen apresento um prejuízo operacional de 3,48 mil milhões de euros entre julho e setembro, em contraste com os lucros operacionais de 3,23 mil milhões um ano antes.