Mais de um crime de maus tratos e abandono de animais por dia

Mais de um crime de maus tratos e abandono de animais por dia foram participados pela GNR aos tribunais desde a entrada em vigor da lei que criminaliza estes atos, há um ano, num total de 452 crimes.

Os maus tratos e o abandono de animais deram origem a mais de uma participação por dia ao tribunal, num total de 452 crimes encaminhados pela GNR desde a entrada em vigor da lei que criminaliza estes atos.

De acordo com a GNR, desde a entrada em vigor da lei, em outubro de 2014, e o dia 27 de setembro deste ano, esta força de segurança participou ao tribunal um total de 452 crimes, dos quais 331 por maus tratos e 121 por abandono.

Setúbal (43), Faro (38) e Braga (36) foram os distritos com mais crimes de maus tratos registados.

Em relação ao abandono de animais de companhia, o distrito de Lisboa lidera, com 16 crimes participados ao tribunal.

Os infratores são maioritariamente particulares, com os cães e gatos a serem os animais que mais são alvo deste tipo de crimes: 95 por cento.

Estes crimes foram detetados na área de influência da GNR, desconhecendo esta força de segurança o desfecho que os casos tiveram em tribunal.

A atuação da GNR ocorreu após denúncias efetuadas para a Via Linha SOS (808200520), por correio eletrónico (sepna@gnr.pt) ou nos postos territoriais da Guarda.

Desde o início do ano, e apenas em relação à Grande Lisboa, a PSP encaminhou para o Ministério Público 200 situações de maus tratos e abandono de animais, das quais 141 deram origem a processos-crime, revelou esta força policial.

Segundo a PSP, entre janeiro e agosto deste ano, foram elaboradas pela PSP de Lisboa 200 peças de expediente relacionadas com maus tratos (93) e abandono (107) de animais.

Deste expediente enviado para o Ministério Público, adiantou, 141 seguiram para inquérito, revelou Marta Miguel.

Entre o início do ano e setembro, esta força de segurança instaurou 259 contraordenações

Portugal tem desde outubro de 2014 uma lei que criminaliza os maus tratos e o abandono dos animais.

Lusa/SOL