Durante a sua hospitalização desde final de outubro, Sonia Bibi, com 20 anos, tinha avançado à polícia que o seu ex-companheiro, Ahmed Latif, de 24, a tinha regado com petróleo e ateado fogo às suas roupas depois de se ter recusado a casar com ele.
Os médicos haviam inicialmente estimado que a jovem se encontrava fora de perigo, mas um médico principal do hospital de Multan disse à agência de notícias francesa France Presse que as queimaduras foram infetando, causando hoje a sua morte.
Aproximadamente 40 a 50% da superfície do corpo de Sonia Bibi foi queimada, avançou o médico Naheed Chaudhry.
O incidente aconteceu numa vila remota do distrito de Multan, na província de Punjab, tendo a polícia detido o jovem suspeito do crime.
A investigação policial demonstrou que o acusado tinha ateado fogo às roupas da mulher depois de esta "ter recusado o pedido de casamento".
Todos os anos no Paquistão centenas de mulheres são mortas por parentes devido a violência doméstica ou a crimes cometidos em nome da "honra da família".
Segundo a Fundação Aurat, que faz campanha para melhorar a situação das mulheres no Paquistão, mais de 3.000 foram vítimas de ataques semelhantes desde 2008.
Lusa/SOL