A Volkswagen, que dá nome ao grupo e a mais afetada pelo escândalo das emissões, subiu 1% as vendas em outubro, segundo os dados divulgados esta terça-feira pela ACAP. Garantiu por mais um mês o segundo lugar na geral do mercado, com 14.478 carros desde janeiro, mais 310 do que a Peugeot, mas muito distante da líder Renault, que já leva 13.556 unidades vendidas. Novembro pode trazer uma troca de cadeiras, com a Volkswagen a ficar-se pelo terceiro lugar.
Onde a marca já teve uma quebra foi no segmento dos comerciais ligeiros. A Volkswagen vendeu menos 54 comerciais do que os 170 de outubro de 2014 (menos 31,8%), o que fez as vendas de ligeiros da marca em geral (comerciais e de passageiros) caírem 3,2%, para 1.290 unidades mensais.
A Audi foi a surpresa no primeiro mês completo após ser revelado que pelo menos 9,5 milhões de carros do grupo alemão VW têm um software que falseia as emissões nos carros a diesel. A marca bávara vendeu 883 carros no mês passado, mais 39,7% do que os 667 de há um ano, e já soma 8.077 unidades, uma subida de 20,5% nestes dez meses.
Também a Skoda, a terceira marca do escândalo representada em Portugal pelo grupo SIVA, aumentou as vendas no mês passado. Foi uma subida de 9,3% para a marca de origem checa, que comercializou 200 carros e atingiu 2.656 desde Janeiro, mais 34,1%.
Já a Seat não conseguiu aguentar as vendas em outubro e teve um tombo de 31,9%: 418 veículos contra 614 há um ano. Também as vendas de comerciais ligeiros caíram em outubro para a Seat, mas neste caso trata-se apenas de 15 unidades de 2014 contra 5 agora. No entanto fazem a percentagem de quebra mensal dos ligeiros passar para 32,8%. Ainda assim, entre janeiro e outubro a marca espanhola vendeu 5.929 unidades, mais 3,5% do que as 5.729 de 2014.
O mercado em geral subiu ‘apenas’ 16,1%, tendo sido comercializados 16.922 veículos em Portugal em outubro, sendo 13.696 ligeiros de passageiros. Nas contas desde janeiro o sector já conta vendas de 179.443 (mais 26,7%) unidades. Destas, 151.964 foram ligeiros de passageiros (+27,5%), 24.104 comerciais ligeiros (+21,1%) e 3.375 veículos pesados (mais 35,3%).
Esta semana soube-se, novamente nos Estados Unidos, que outras marcas, e motores do grupo Volkswagen poderão estar a falsear as emissões. Em causa estão os carros equipados com motor V6 TDI, um bloco presente nos carros mais potentes da Volkswagen, da Audi e nalguns modelos da Porsche. A agência norte-americana EPA indicou que serão 10 mil as unidades afectadas naquele país – muito menos do que os 482 mil confirmados em setembro – mas a Volkswagen desta vez negou todas as acusações.