"Criámos um grupo de coordenação cuja composição (…) não pode ser tornada pública", declarou o chefe das operações militares russas na Síria, o general Andreï Kartapolov.
Segundo o mesmo responsável, essa coordenação é baseada numa "cooperação estreita" para unificar os esforços do exército leal ao Presidente Bashar al-Assad e das "forças patrióticas sírias", anteriormente da oposição.
"Essas forças patrióticas, embora tenham lutado durante quatro anos contra as forças governamentais, querem preservar um Estado soberano e unido", disse Kartapolov.
O general não precisou quem são essas "forças patrióticas", se o Exército Sírio Livre (ASL) ou outro grupo rebelde nacionalista, a oposição no exílio ou a tolerada pelo poder de Damasco. Disse, no entanto, que graças às "coordenadas" fornecidas pela oposição, 12 aviões russos bombardearam 24 alvos na região de Palmira, Deir Ezzor, Ithriya e a leste de Alepo, atingindo um "centro de comando" do grupo Estado Islâmico.
"Todas as coordenadas dos alvos foram-nos dadas pelos representantes da oposição síria", garantiu.
No total, os aviões russos efetuaram 1.631 saídas e atingiram 2.084 alvos desde o início da intervenção militar de Moscovo, a 30 de setembro.
Esta é a primeira vez que Moscovo diz estar a trabalhar com grupos da oposição síria deste que iniciou esta ofensiva.
Lusa/SOL