Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT explicam que o resultado líquido foi "influenciado por um conjunto de gastos não recorrentes de 7,7 milhões de euros, dos quais 4,8 milhões de euros relacionados com o Banco CTT, que também já apresentou gastos recorrentes de 2,8 milhões de euros".
Excluindo o projeto do Banco CTT, o resultado líquido teria subido 6,9% para 56,3 milhões de euros.
Os rendimentos operacionais subiram 1,3% para 538,1 milhões de euros, com as vendas e serviços prestados a crescerem 2,1% para 527 milhões de euros, enquanto os outros rendimentos operacionais recuaram 26,1% para 11,1 milhões de euros.
O resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) recuou 4,1% para 97,4 milhões de euros. Excluindo o efeito do Banco CTT, o EBITDA sobe 3,3% para 105 milhões de euros.
A empresa liderada por Francisco de Lacerda adianta, em comunicado, que "os gastos financeiros incorridos ascenderam a 5,2 milhões de euros, incorporando os gastos financeiros com benefícios aos empregados no montante de cinco milhões de euros e juros associados a operações em 'leasing' financeiro e empréstimos bancários (0,1 milhões de euros)".
Os gastos financeiros com benefícios aos empregados diminuíram em 3,6 milhões de euros, refletindo o efeito da diminuição da taxa de desconto de 4% para 2,5% e a redução dos gastos com benefícios pós-emprego, que beneficiaram da renegociação do plano de saúde ocorrida no início deste ano, refere.
Entre janeiro e setembro, o tráfego de correio endereçado caiu 3,1%, enquanto no terceiro trimestre a queda foi de 4,9%, "mais acentuada que a ocorrida no primeiro semestre" deste ano, conforme a empresa já tinha antecipado.
O tráfego do correio transacional caiu 3,5% nos primeiros nove meses e 4,6% no trimestre e no correio editorial a diminuição foi de 2,7% (no trimestre foi de -4,6%).
Já o tráfego do correio publicitário endereçado estabilizou no terceiro trimestre, ao subir 0,4%, "devido sobretudo aos efeitos das campanhas associadas às eleições legislativas, registando ainda um decréscimo de 6,9% nos primeiros nove meses de 2015".
Apesar da queda do tráfego, "os rendimentos operacionais da área de negócio de correio ficaram 2,6% acima dos de igual período" de 2014.
O tráfego da área de expresso e encomendas aumentou 4,6% nos primeiros nove meses.
"Os CTT registaram neste período em Portugal um tráfego de 10,6 milhões de objetos (+6,4%) que o período homólogo" e "reforçam a posição de liderança no mercado nacional com uma quota de 34,8%" no segmento expresso.
O segmento expresso e encomendas registou 96 milhões de euros de rendimentos operacionais, mais 2,2% (mais 2,1 milhões de euros), decorrente do crescimento em todos os mercados: Portugal (mais 1,4 milhões de euros), Espanha (mais 0,2 milhões de euros) e Moçambique (mais 0,5 milhões de euros)".
Lusa/SOL