O Mecanismo Único de Supervisão foi lançado oficialmente a 04 de novembro de 2014, sob a égide do BCE e assegura a supervisão direta de 123 grupos bancários de 19 países da zona euro.
"Há um ano, muitos tinham dúvidas sobre se isto funcionaria. Havia desconfiança e incompreensão nos bancos, mas hoje, a maior parte deles aceita o mecanismo", referiu fonte financeira alemã.
"A criação do mecanismo contribuiu para acalmar a situação na sequência da crise financeira e para tranquilizar os mercados", disse à AFP um elemento do setor financeiro francês.
Na prática, o supervisor pode exigir a recapitalização de instituições consideradas frágeis, vetar a nomeação de dirigentes de reputação duvidosa, realizar testes de 'stress' e examinar as contas das instituições financeiras.
"Queremos que os bancos estejam bem capitalizados, mas cabe a estes determinar o seu modelo comercial", explicou recentemente Danièle Nouy, presidente do mecanismo.
Mas algumas vozes na Europa, nomeadamente na Alemanha, apontam o risco de conflito de interesses no BCE entre supervisão bancária e política monetária.
Há também bancos europeus que advertem para a possibilidade de as crescentes exigências de capital impostas favorecerem a concorrência a nível mundial.
"O primeiro ano foi, de facto, difícil, mas os resultados têm sido satisfatórios no caminho para um sistema bancário europeu mais estável e mais solvente", afirmou Fernando Restoy, vice-governador do Banco de Espanha e membro do mecanismo.
Lusa/SOL