Alertando que o fluxo de migrantes provavelmente ainda não "atingiu o seu pico", Fabrice Leggeri apelou aos países europeus que travem os migrantes a quem foi negado asilo, para que possam "rapidamente" ser enviados de volta aos seus países de origem.
"Os Estados-membros da União Europeia têm de se preparar para o facto de ainda termos de enfrentar uma situação muito difícil nos próximos meses", acrescentou Leggeri.
No mês passado, a Frontex avançou que 710.000 migrantes tinham entrado na União Europeia nos primeiros nove meses do ano, mas alertou para o facto de muitas pessoas terem sido contabilizadas duas vezes.
A 13 de outubro, a agência disse que "a passagem irregular das fronteiras pode ser tentada pela mesma pessoa várias vezes".
"Isto significa que um grande número de pessoas que foram contadas quando chegaram à Grécia foram novamente contabilizadas quando entraram na União Europeia pela segunda vez, através da Hungria ou da Croácia", explicou a agência.
De acordo com os dados mais recentes da agência para os refugiados da ONU, mais de 744.000 cruzaram o Mediterrâneo este ano, a maioria em direção à Grécia.
Hoje, o primeiro grupo de 30 migrantes partiu de Atenas para Luxemburgo, ao abrigo do plano europeu para redistribuir as pessoas pelos 28 Estados membros, de modo a aliviar a pressão em países como a Grécia e a Itália.
Lusa/SOL