Sinjar, no norte do Iraque, tinha sido tomada no verão do ano passado pelo EI. Surgiram na altura imagens e relatos sobre os massacres levados a cabo pelos extremistas – com o alvo particular da comunidade Yazidi, cujas mulheres e meninas foram feitas escravas sexuais. “Prometemos. Libertámos Sinjar”, disse hoje o Presidente da Região do Curdistão Iraquiano. Masoud Barzani interpelou as mulheres: “É tempo de as jovens yazidi levantarem a cabeça. Foram vingadas”.
A ofensiva iniciou-se na quarta-feira, com bombardeamentos da coligação na quinta. Na sexta, apesar de Barzani declarar vitória, os aliados norte-americanos eram mais cautelosos, notando que nem toda a cidade de Sinjar estava sob controlo dos peshmerga, que totalizam 7.500 efetivos (e cujo nome se traduz para ‘aqueles que enfrentam a morte’), apoiados por milícias yazidi e curdos turcos do PKK.
As forças aliadas conseguiram bloquear a estrada 47, usada pelo EI para levar mantimentos e armas para Mosul (lado este) e a Raqqa, na Síria, a oeste. As cidades são as ‘capitais’ dos terroristas em cada país.
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