“Logicamente não quis a JSD fazer qualquer alusão ao modelo nacional socialista ou nazi. Ao contrário de outras forças partidárias, que agora querem governar o país sem o voto do povo (aquele "que mais ordena"), esta estrutura nega simpatia por um qualquer regime extremista e ditatorial, seja ele nazi, norte-coreano ou outro que tal”, escreve a JSD num comunicado publicado no Facebook e enviado aos jornalistas na noite desta quinta-feira.
A polémica gerou-se depois da utilização no cartaz de uma ilustração da fotografia tirada pelos soviéticos durante a tomada de Berlim,em 1945, que mostra um soldado da URSS a levantar uma bandeira no Parlamento Alemão, o Reichstag, simbolizando a vitória sobre os nazis. Esta imagem foi usada para dar uma imagem negativa do comunismo, o que motivou uma onda de indignação.
“É também importante referir que, ao contrário do que tem sido veiculado por alguns comentadores, a imagem que serve de suporte ao cartaz da JSD é uma manipulação soviética e não o "infeliz uso da capitulação nazi", como bem recorda o Spiegel Online”, pode ainda ler-se em nota final do comunicado dos 'jotas'.
À parte da defesa sobre a ilustração, a JSD volta a sublinhar que “os portugueses não votaram numa aliança escondida de esquerda, cujos elementos rejeitam o projeto europeu ou vitórias como as da queda do muro de Berlim. Não! Os portugueses não querem pagar o preço de uma união clandestina, sem conteúdo ou dignidade”.
Os sociais-democratas falam ainda no “preço a pagar”, um “preço sem honra”, por uma aliança de esquerda. “À custa da ambição pessoal do seu líder, os socialistas trocaram o centro pela esquerda radical, trocaram a moderação por um caminho anti projecto europeu, anti moeda única, anti abertura de fronteiras”, escrevem, deixando ainda uma promessa: “a JSD não se cala perante este presente penoso e aterrador, construído, ainda para mais, nas costas dos portugueses”.
O cartaz da JSD que está a gerar polémica