Com um "elevado grau de certeza", o "jihadista John" morreu no ataque que teve lugar nas proximidades da cidade síria de Raqqa, no norte da Síria, indicaram as mesmas fontes à emissora pública britânica.
Segundo a BBC, Mohamed Emwazi e uma outra pessoa que estavam com ele morreram na sequência de um ataque das forças norte-americanas contra o veículo em que se encontravam.
As autoridades britânicas ainda não se pronunciaram sobre a operação norte-americana, mas os meios de comunicação social esperam que o primeiro-ministro, David Cameron, faça hoje uma declaração.
Um porta-voz do Pentágono revelou que os Estados Unidos lançaram, na noite passada, um raide que tinha como alvo precisamente o "jihadista John", mas não revelaram se Mohammed Emwazi foi abatido.
"Emwazi, um cidadão britânico, participou nos vídeos que mostram as execuções dos jornalistas norte-americanos Steven Sotloff e James Foley, do trabalhador humanitário, igualmente norte-americano, Abdul-Rahman Kassig, dos trabalhadores humanitários britânicos David Haines e Alan Henning, do jornalista japonês Kenji Goto, e de uma série de outros reféns", referiu o Pentágono.
Identificado como o homem de cara tapada que surge nos vídeos do Estado Islâmico de decapitação de reféns ocidentais, Mohammed Emwazi, com menos de 30 anos, captou a atenção pelo seu forte sotaque britânico nos vídeos e porque colocava uma faca junto ao pescoço dos reféns, prestes a decapitá-los, antes de cortar as imagens, ficando conhecido como "Jihadista John".
Programador informático de Londres, nasceu no Kuwait, numa família apátrida de origem iraquiana. Os seus pais mudaram-se para a Grã-Bretanha em 1993.
Mohammed Emwazi estava referenciado pelos serviços de segurança desde pelo menos 2009.
Lusa/SOL