"Disse-lhe que deveríamos construir respostas adequadas, o que implica mudanças na política externa, decisões no plano europeu e uma modificação drástica da nossa política de segurança, no respeito das nossas convicções", declarou Sarkozy à saída do encontro com Hollande.
Sarkozy disse ter apresentado várias propostas a Hollande sobre segurança interna e pedir que se tirem "conclusões das falhas" de segurança e se adotem novos dispositivos, alertando para a necessidade de serem tomadas medidas preventivas com vista à próxima Cimeira Internacional sobre Alterações Climáticas (COP21), em Paris.
Em sua opinião, os atentados em cadeia que causaram pelo menos 129 mortos e 352 feridos é uma situação que exige que todos assumam as suas responsabilidades no que se refere à segurança do povo francês.
"A única coisa que conta é que amanhã os franceses se sintam seguros. Temos que realizar mudanças que permitam garantir a segurança", enfatizou.
No plano internacional, o líder da oposição francesa afirmou que há que "apurar as consequências do conflito na Síria" e disse ser preciso a ajuda internacional, sobretudo dos russos, para combater o Estado Islâmico.
Sarkozy adiantou que a Europa tem que ganhar forças e determinar as condições de uma "nova política de migração" e gerir conjuntamente a vaga migratória e a situação na Síria.
O ex-presidente francês inaugurou uma ronda de consultas que Hollande está a efetuar com os principais líderes políticos para encontrar "unidade" nacional após os atentados.
Durante a tarde, o chefe de Estado terá encontros com os presidente da Assembleia Nacional, Claude Bartolone, e do Senado,Gérard Larcher, e com representantes da extrema-direita Frente Nacional (FN), entre outros.
Lusa/SOL