Bernard Cazeneuve disse ainda que nas últimas 48 horas foi decidida a prisão domiciliária para 104 pessoas, alvo de uma atenção particular, e realizados 168 registos para investigação.
O ministro do Interior francês precisou que das 31 armas apreendidas, quatro eram “de guerra”, adiantando que foram descobertos 18 esconderijos de drogas e confiscado material informático e telefónico, que será investigado.
Cazeneuve não precisou se os registos e as detenções têm a ver com os atentados que provocaram pelo menos 129 mortos, afirmando apenas que existem ligações entre os bandos de delinquentes e os grupos terroristas.
O governante deu um exemplo: o registo de uma habitação no departamento de Ródano relacionado com o tráfico de armas que revelou ligações ao movimento ‘jihadista’. Na sua casa foram encontradas numerosas armas e na dos seus pais foi apreendido um lança-granadas, disse.
A legislação aprovada pelo governo para lutar contra o terrorismo já permitiu evitar seis atentados desde a primavera, levando ainda à expulsão de 34 presumíveis ‘jihadistas’ ou religiosos muçulmanos que pregam o ódio, disse ainda.
Adiantou que no âmbito do mesmo combate foi impedida a entrada de 62 indivíduos e a saída de 203. A seis pessoas foi retirada a nacionalidade e foram bloqueadas 87 páginas na Internet por apologia da violência.
O ministro indicou que em curso está a dissolução de associações culturais que escondem fins violentos e a busca de mesquitas onde se defende a violência, cujo encerramento será decretado pelo governo nos próximos dias.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou os atentados de sexta-feira em Paris, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, em vários locais da capital francesa.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
Lusa/SOL