Falando num centro de investigação em Washington, Brennan reforçou não considerar os atentados na capital francesa como “um acontecimento isolado”.
O EI “não se contenta em limitar as suas atividades mortíferas ao Iraque e à Síria e em criar ‘franchises’ locais no Médio Oriente, no sudeste da Ásia e em África, criou um programa de operações exteriores que aplica com efeitos letais”, declarou o diretor da agência de informações norte-americana.
“Os serviços de segurança e de informações trabalham com afinco neste momento para ver o que mais conseguem fazer para o revelar”, adiantou.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou hoje que a França e a Europa se devem preparar para novos atentados, indicando que mais de 150 buscas foram realizadas em solo francês nos meios islamitas desde os ataques em Paris na sexta-feira, que causaram 129 mortos.
O EI, que reivindicou os ataques de Paris, ameaçou hoje realizar atentados semelhantes em outros países que integram a coligação internacional que bombardeia as suas posições no Iraque e na Síria.
Num vídeo difundido na Internet pela filial do movimento na região iraquiana de Kirkuk e cuja autenticidade não pode ser confirmada, o grupo extremista afirmou que vai atacar os Estados Unidos, Austrália, Canadá e Bélgica, entre outros, "se continuarem os bombardeamentos contra os muçulmanos".
"Digo aos países da coligação (liderada pelos EUA) que não vão continuar a viver em segurança até que os muçulmanos vivam em segurança nos seus países", declarou um combatente do EI na gravação.
Lusa/SOL