Perto do seu cadáver, foi encontrado um passaporte sírio cuja identidade corresponde à de um soldado do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, morto alguns meses antes — Ahmad Al-Mohammad, nascido há 25 anos em Idleb -, mas o ministério público mostrou desde o primeiro momento dúvidas quanto à autenticidade do documento.
A foto foi divulgada na conta oficial de Twitter da polícia francesa, com o texto: "Este indivíduo é o autor falecido de um dos atentados cometidos a 13 de novembro no Stade de France".
[UPDATE] If you can help the french police to identify this man, please use > https://t.co/j2YxItDcTz pic.twitter.com/mm4uyyAgON
— Police Nationale (@PNationale) 17 novembro 2015
As impressões digitais constantes do passaporte coincidem, no entanto, com as do suicida, pelo que os investigadores puderam seguir o rasto da sua entrada na Europa: fê-lo a 03 de outubro, juntamente com um grupo de refugiados, pela ilha grega de Leros.
As impressões digitais então recolhidas pelas autoridades helénicas coincidem com as da pessoa que se suicidou junto ao estádio de França.
Depois, foi possível seguir-lhe o rasto pelos Balcãs, até chegar à Áustria, onde as pistas desaparecem.
O facto de a polícia divulgar o seu rosto em busca de informações indica que não considera o documento váliso, o que reduz a quatro o número de suicidas identificados, dos sete que se fizeram explodir na noite da passada sexta-feira na capital francesa.
Trata-se de Samy Amimur e de Ismail Omar Mostefai, que se suicidaram juntamente com outro terrorista depois de realizarem um massacre na sala de espetáculos Bataclan, e de Brahim Abdeslam, que detonou os explosivos que trazia junto ao corpo numa esplanada do 'boulevard' Voltaire, depois de ter presumivelmente disparado armas de fogo em três locais da noite parisiense.
Os investigadores pensam que, com ele, estaria o seu irmão Salah, que terá conseguido fugir para a Bélgica, onde se lhe perdeu o rasto, e que está a ser procurado por toda a Europa.
Diversos 'media' noticiaram hoje que as gravações de vídeo indicam que os irmãos Abdeslam estavam acompanhados de uma terceira pessoa.
Falta igualmente identificar pelo menos um dos suicidas do Bataclã e outro dos do Stade de France.
Lusa/SOL