Na terça-feira, o canal russo Russia Today divulgou uma reportagem sobre uma reunião do Estado-Maior General do Exército russo dedicada às operações em curso na Síria e que teve a presença de Vladimir Putin.
Na reportagem, um mapa dos "movimentos das forças armadas sírias no setor de Mahin", na província de Homs (centro), aparece por alguns segundos, sendo visível uma posição da "Guarda Republicana" (o exército sírio) em Sadad, também na província de Homs.
Porém, ao sul desta cidade, e no noroeste, perto de Hamrat, surgem duas posições assinaladas com siglas referentes ao exército russo, mais especificamente a uma brigada que costuma estar baseada em Kemerovo, na Sibéria.
Perto de Sadad, são frequentes os confrontos entre o exército sírio e os 'jihadistas' do Estado islâmico, tendo uma fonte militar síria declarado que "os conselheiros russos estão em Sadad para auxiliar o exército sírio no uso de artilharia".
Quando questionado pela Agência France-Presse, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse "não ser um especialista em mapas militares" e reencaminhou os jornalistas para o Ministério da Defesa, mas este não respondeu aos pedidos de informações.
Dmitri Peskov garantiu, entretanto, que "os militares russos não conduzem operações terrestres" em solo sírio, mas referiu a presença de "técnicos para ajudar as forças aéreas russas nas suas operações".
No início dos ataques aéreos contra "os terroristas" na Síria, o presidente russo, Vladimir Putin, assegurou que não haveria implantação de tropas terrestres e que os militares russos na Síria iam ocupar-se da segurança da base aérea russa na província de Lattakia (noroeste) e das instalações logísticas portuárias de Tartus.
Lusa/SOL